sábado, 12 de maio de 2012

Sean Riley & The Slowriders (Leiria)

   
     Sábado à noite em Leiria, noite amena, regresso a casa dos filhos prodígios. Tudo a postos para mais um grande show de uma das mais consensuais bandas em Portugal, Sean Riley & The Slowriders.
     A abrir, uma bonita surpresa: Erica Buettner, americana a viver na cidade do Lis (depois de já ter estado em Coimbra e ter vivido 5 anos em Paris), acompanhada apenas pela guitarra, tocou meia dúzia de canções muito suaves com a sua voz melodiosa, num registo intimista, extremamente agradável.
     De seguida, entraram Sean Riley (alter-ego de Afonso Rodrigues) e companhia para mais uma demonstração de classe.
     A servir de apresentação do último álbum, "It's Been a Long Night", o concerto deu para ver que os rapazes estão bem e recomendam-se como sempre.
     Com o ritmo a ser definido por Filipe Rocha, na bateria, e o baixo de Bruno Simões, abriu-se o espaço necessário para o extravassar das emoções todas, deles e do público.
     Cabeças a abanar, muitas palmas, ovação final de pé, houve tempo para tudo. Com "Silver" e "Sweet Little Mary" como principais referências, é importante não esquecer a beleza de "Night Owls" ou "Everything Changes", esta última cantada com a ajuda de Erica (que esteve presente neste dia a muito custo, depois de ter estado afónica).
     Com um Sean Riley completamente irrequieto, ao seu estilo, com a sua voz única e característica, houve também visitas ao passado, com uma fantástica "Harry Rivers" e, claro, "This Woman", a mais (re)conhecida canção do grupo nas plateias nacionais, para mim, que os vi pela quarta vez, esta foi mesmo a melhor versão do tema que já ouvi. No encore ("Vocês sabem como é, nós temos que fazer isso,,,", brincou o vocalista), tocaram 'faixa escondida' em "Lost in Time" (a canção que fecha o terceiro álbum de originais), numa grande demonstração de improviso.
     Não vale a pena divagar mais. Fica o registo de mais uma grande noite proporcionada por estes rapazes que, acima de tudo, têm uma grande qualidade.

     Uma última nota, mais do que merecida: Filipe Costa: que espectáculo! O homem toca piano, bateria, harmónica... Ora à vez, ora tudo ao mesmo tempo! O conhecimento está lá, a cultura está lá, a atitude também, a paixão impressionante. É um espectáculo de ver este senhor.
     PS: Apontamento muito negativo para o comportamento de algumas pessoas. Chegar meia hora atrasado a um concerto destes, em Teatro? Chegar a falar como se nada fosse?! E continuar com a atitude de café, mesmo depois da 'repreensão popular?!? Enfim.

By: Alexandre Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário